Christine King Farris, a irmã mais velha de Martin Luther King Jr., morreu nesta quinta-feira (29) aos 95 anos. A informação foi confirmada pelo “The King Center” e pela família da educadora. Ativista pelos direitos humanos e civis, ela teria tido uma morte pacífica e cercada pela família em Atlanta, nos Estados Unidos.
“O King Center se junta às famílias King e Farris, ativistas dos direitos civis, à família histórica da Igreja Batista Ebenezer, família acadêmica e pessoas de boa vontade em todo o mundo para celebrar a vida de nossa líder. Educadora, ativista e matriarca da família, a amada Christine King Farris”, publicou a organização nas redes sociais.
Em 1944, Christine, à época aos 16 anos, seguiu os passos de sua mãe, avó e tia-avó ao se matricular na Spelman College, a primeira faculdade para mulheres negras dos Estados Unidos. Formada em economia, em 1950 ela fez mestrado em Fundamentos Sociais da Educação na Universidade Columbia, em Nova York.
Após um segundo mestrado, ela lecionou no ensino fundamental antes de retornar à Spelman como educadora e diretora do Centro de Recursos de Aprendizagem, onde permaneceu até sua aposentadoria, em 2014. Nas décadas seguintes ao o assassinato de seu irmão, atuou ao lado de Coretta Scott King, viúva do ativista, para preservar o legado dele.
“Como meu pai, ela passou a vida lutando pela igualdade contra o racismo na América”, publicou nesta quinta-feira Martin Luther King III. “Ela desafiou as probabilidades (…), tornando-se uma líder dos direitos civis e autora aclamada. Acostumada com a adversidade, tia Christine usou as tragédias dos assassinatos de sua mãe e irmão para lutar pela mudança na América”.
Christine escreveu dois livros infantis sobre sua vida, “Meu irmão Martin: uma irmã se lembra de ter crescido com o reverendo Martin Luther King Jr.” e “Marche! O dia em que meu irmão Martin mudou o mundo”. Em 2009, ela escreveu um livro de memórias, “Através de tudo: reflexões sobre minha vida, minha família e minha fé”.