Longe ficou o tempo em que os grandes nomes da indústria, desde a Avenida Paulista, no coração do Estado mais rico do País, pontificavam na vida nacional. Nas últimas quatro décadas em que o Produto Interno Bruto (PIB) passa por altos e baixos, o protagonismo da indústria tem se desintegrado e as perdas passaram a se refletir também no poder de influenciar nas políticas que atingem o setor diretamente. As informações são de Monica Gugliano, do jornal, Estadão.
Empresários e políticos avaliam que a situação poderá mudar. Há menos dois meses, parlamentares, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), resolveram organizar um grupo nos moldes da bem-sucedida Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
O primeiro teste para a atuação conjunta do grupo que ganhou o nome de Frente Parlamentar Mista da Indústria e reúne, até agora, 290 deputados e senadores, já tem data para ocorrer: a discussão da reforma tributária. “Temos menos indústria e muito menos representatividade do que poderíamos ter”, admite o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.
“Se a frente influenciar e trabalhar em defesa da visão da indústria, em um projeto que consiga equalizar o peso dos impostos, simplificando e trabalhando por justiça social, certamente conquistará um importante espaço no Parlamento”, acredita o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Césio Caetano. Até agora, pondera ele, o setor tem ficado a reboque de iniciativas isoladas e interesses individuais. “Devemos acabar com a omissão. Precisamos ser relevantes nas decisões do Congresso que se refletem nos nossos negócios e na vida nacional”, completa.