A Petrobras acaba de se fazer valer da Medida Provisória editada no dia 2 de março pelo então presidente Jair Messias Bolsonaro, que visa extinguir o desconto do imposto sindical em folha de pagamento, consequentemente o fim da obrigatoriedade sem a prévia permissão do colaborar. A FUP ( Federação única dos Petroleiros) foi surpreendida nesta última sexta-feira (15) com o comunicado oficial da estatal, suspendendo as mensalidades e os repasses a entidades sindicais afiliadas.
Para aqueles que desejam contribuir com os sindicatos voluntariamente, devem procurar à entidade da categoria e solicitar à emissão de boletos bancários, sistema essa imposto “sem qualquer tipo de comunicação da Petrobras”, diz o sindicato do petroleiros. Representantes alegam que esta medida tem como objetivo principal desmobilizar e inviabilizar a luta, “pois os mesmos são fundamentais para na resistência, privatizações e subtração de direitos”, endossam a categoria.
A Petrobras, a fim de cortar custos, vem desinvestindo muitos de seus ativos ao lango destes últimos 4 anos, com o objetivo de angariar fundos em seu caixa, diminuir à divida com seus credores e focar no pré-sal, até mesmo planos de demissão voluntária e cortes operacionais foram anunciadas recentemente para complementar e ajudar neste fluxo.
Uma situação similar aconteceu em 1995 no governo de Fernando Henrique Cardoso, em uma tentativa de interromper também este imposto, inclusive com multas milionárias aos sindicatos, mas à medida acabou não passando.
“Os trabalhadores se uniram e juntos conseguimos vencer aquelas turbulências. Seguimos em frente, sendo uma das categorias mais combativas do movimento sindical brasileiro. Agora, o governo Bolsonaro tenta calar de novo os sindicatos. Vamos resistir a mais esse ataque contra as entidades que hoje podem denunciar todos os retrocessos que estão em curso e ainda estão por vir”, declara José Maria, informando que a entidade vai tomar as medidas legais para suspender a decisão da Petrobrás.