A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) no Senado adiou, por 24 horas, a votação do projeto de lei complementar que altera o regime fiscal do país. O pedido foi apresentado pelo senador da oposição Rogério Marinho (PL-RN).
Contrariando o texto aprovado pela Câmara, o relator da proposta, senador Omar Aziz (PSD-AM), retirou o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal dos limites da nova regra.
As mudanças foram os pontos mais tensos da discussão no Senado. Caso as alterações sejam aprovadas, o texto terá de voltar para análise da Câmara.
Deputados do centrão ouvidos pelo portal UOL dizem que ainda não há acordo para aprovar as mudanças feitas por Aziz.
O relator da proposta na Câmara, Claudio Cajado (PP-BA), avalia que, se os senadores aprovarem as modificações, será difícil a Casa derrubá-las.
A retirada do Fundo do DF da regra fiscal foi uma demanda das bancadas do Distrito Federal no Senado e na Câmara.
Já o Fundeb foi uma reivindicação da Frente Parlamentar Mista da Educação, que atualmente é presidida pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP).
Ao todo, a proposta recebeu 75 emendas. Aziz acatou 18. O PL apresentou oito sugestões, mas nenhuma foi aceita.
O líder do PL, Carlos Portinho (PL-RJ), disse que, caso as sugestões da sigla não fossem aceitas, Marinho pediria vista.
Entre as sugestões, o relator aceitou a do senador Renan Calheiros (MDB-AL), para retirar as despesas com ciência e tecnologia e inovação dos limites da regra fiscal.
A proposta será analisada novamente pela comissão nesta quarta-feira (21). A ideia é que seja votada no plenário no mesmo dia. Na Câmara, a discussão poderia acontecer a partir de quinta.