A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) prendeu na manhã desta terça-feira (20) dois hackers acusados de roubar e comercializar dados de milhões de pessoas, entre elas ministros do STF e políticos.
O que aconteceu?
Os golpistas, segundo a investigação, tinham acesso a dados como: nome completo das vítimas, idade, endereço, celulares de parentes, histórico de vida e classe social;
Segundo a polícia, esses dados eram vendidos na internet. “Foi possível constatar que cerca de 200 milhões de dados pessoais sigilosos de brasileiros estavam expostos, inclusive, fotos, assinaturas digitais, veículos, registros de armas e outras informações”, explicou o delegado Eric Sallum, responsável pelas investigações.
O acesso a esses dados era vendido em pacotes de assinatura de sete, 15 ou 30 dias, com valores de R$ 150, R$ 200 e R$ 350, respectivamente;
Entre as vítimas com dados vazados estão o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e deputados.
Hackers tinham acesso a câmeras de trânsito, que registram informações como a numeração da placa dos veículos: “Espantosamente, os criminosos também tinham acesso às câmeras de OCR em todo o Brasil, o que permite a leitura de placas dos veículos das vítimas e a localização das últimas rotas em rodovias de todo o país”, afirma Sallum.
Os dois hackers presos vão responder por crimes como divulgação de segredo, invasão de dispositivo informático, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem pegar mais de 20 anos de prisão.
Segundo o delegado Eric Sallum, com as prisões de hoje e os materiais apreendidos, a investigação vai se debruçar em entender a origem do vazamento de informações. “Busca-se, ainda, com a continuidade das investigações, comprovar como esses criminosos tinham acesso aos dados sigilosos da população brasileira, em especial, o hackeamento online das câmeras de reconhecimento de placas”, finalizou.