O relator da indicação de Cristiano Zanin no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), leu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quinta-feira, (15) de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o parecer favorável pela admissão do nome do advogado para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, o senador discorre sobre o currículo do indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comenta cada área de atuação do advogado e classifica o conteúdo como “valiosas experiências”.
“Atenho-me a considerar a indicação do Dr. Cristiano Zanin a partir de sua gênese acadêmica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde se bacharelou no ano de 1999, e daí determinou-se a consolidar sua vocação na advocacia, não sem antes ter experimentado, como estagiário do Ministério Público Paulista e no Poder Judiciário de São Paulo, vivências que lhe imprimiram valiosas experiências”, disse Veneziano no documento.
O texto também evidência que a “versatilidade e abrangência nos diversos ramos do Direito” garantiu a Zanin “gozar do reconhecimento profissional” tanto por advogados quanto por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público. Além disso, o relator classifica como “sólida e vigorosa” a atuação do advogado.
A sabatina de Zanin será na próxima quarta-feira, 21, na CCJ do Senado. Desde que a data foi divulgada, o advogado começou uma corrida para desfazer eventuais resistências ao nome dele e costurar apoios. Na última semana, participou de diversas conversas com representantes da bancada evangélica e realizou o ritual de “beija-mão” dos parlamentares.
Apoios à indicação de Zanin
Até o momento, Zanin já conquistou o apoio da bancada do MDB, composta por dez senadores, e de parte da bancada do PSD, com 12 parlamentares favoráveis. Como mostrou o Estadão, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da CCJ do Senado, vê a aprovação do advogado de Lula como “favas contadas”, ou seja, já é dada como certa.
Para assumir a cadeira no STF, Zanin passará por dois processos de votação. O primeiro é na CCJ, onde deve conquistar votos favoráveis da maioria dos parlamentares presentes. No plenário do Senado, o advogado deve obter ao menos 41 votos a seu favor.