Os Estados Unidos decidiram retornar à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, em julho.
A informação foi dada nesta segunda-feira em Paris pela diretora-geral da agência. Audrey Azoulay disse que este é um forte ato de confiança na Unesco e no multilateralismo.
Desafios emergentes
Azoulay mencionou um comunicado do Departamento de Estado americano elogiando a forma como a agência abordou os desafios emergentes nos últimos anos.
A Unesco lista medidas como a ética da inteligência artificial, a proteção do oceano e as campanhas que foram adotadas, incluindo a reconstrução da cidade velha de Mossul, no Iraque. As ações permitiram “reconectar com suas ambições históricas”.
Por outro lado, a agência considera que reformas administrativas implementadas desde 2018 apoiaram a eficiência e solidez da Unesco.
O comunicado destaca que o retorno dos Estados Unidos se segue à adoção de um projeto de lei pelo Congresso, em dezembro, autorizando contribuições financeiras para a Unesco.
Plano de financiamento concreto
A agência da ONU indica ainda que os Estados Unidos apresentaram um “plano de financiamento concreto” que deverá ser adotado pela Conferência Geral dos Estados-membros da Unesco.
A suspensão das contribuições norte-americanas aconteceu há 12 anos devido à legislação doméstica, antes de a Unesco ser notificada da decisão de retirada legal que ocorre em 12 de outubro de 2017.
De acordo com a agência, a Estados-membros solicitaram uma sessão extraordinária, em breve, para receber os Estados Unidos.