Após um ver ato em seu apoio esvaziado em São Paulo na manhã deste último domingo (4) o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) pediu a seus apoiadores, em Curitiba, de acordo com o Blog do Fausto Macedo, que ‘lutem por votos cassados ilegalmente, contra prisões ilegais e contra o arbítrio’. O parlamentar não citou nomes, mas suas críticas apontam para seu algoz, o ministro corregedor do Tribunal Superior Eleitoral Benedito Gonçalves, relator da ação no qual foi decretada a cassação de seu mandato.
“Não quero viver num País em que tem um corrupto na Presidência e quem combate a corrupção corre risco de ir para a cadeia. Não quero viver em um País em que um amigo do presidente é colocado no STF não por suas qualidades, mas por fidelidade. Em que pessoas de bem vão às ruas com medo de fazer o que é certo numa democracia, criticar decisões de governantes”, afirmou.
O ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato discursou de cima de um carro de som na tarde deste domingo,4, na capital paraense. A seu lado, estavam o senador Eduardo Girão (Novo-CE) e Oriovisto Guimarães (Pode-PR). Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, não compareceu à manifestação. Também estavam presentes os deputados Renata Abreu (Pode-SP), Gilson Marques (Novo-SC), Abilio Brunini (PL-MT), Dr. Frederico (Patriota/MG), Sargento Portugal (Pode-RJ), Sargento Fahur (PSD-PR), Reinold Stephanes (PSD-PR), Rodrigo Estacho (PSD-PR).
Em seu discurso, Deltan alegou que hoje se vê uma ‘reação do sistema corrupto’, pedindo que seus apoiadores ‘lutassem’. “Por um País em que o presidente da República não seja um condenado por corrupção. Para que os corruptos não fiquem impunes. Para que o nosso país não seja de dois Sérgios, o que é acusado por piada de festa junina e o que é acusado por desviar milhões, que está livre leve solto fazendo rolê no rio. Lutar pela nossa liberdade, nossa voz, com os instrumentos na nossa mão”.
Cassado por ‘fraude à lei’ da Ficha Limpa, Deltan pregou ‘transformação’. “Eles podem ganhar ou a gente pode ganhar. Eu vou lutar até o fim. Peço que não desistam. Foi assim com pessoas nas ruas que a gente começou grandes mudanças, e grandes manifestações começaram com manifestações menores”
“Se me cassarem ou não. Se cassarem uma cabeça a gente vai erguer três aqui no Paraná. Três em outros estados. E a gente vai encher aquele Congresso para que dentro da democracia a gente faça a transformação. A gente não vai construir o Brasil que a gente quer se a gente nos dobrar ao arbítrio, ao abuso e à corrupção. Se a gente cair nos métodos errados da vingança ou, no outro oposto, na omissão. Vamos buscar o caminho do meio, da verdade, e da justiça”, completou.