Economistas alertaram que o país poderia ficar sem dinheiro para pagar suas contas até segunda-feira (5). Porém, o acordo assinado nesta quinta-feira (1) evita que a maior economia do mundo fique impossibilitada de honrar seus compromissos, entrando em “default”.
Negociada entre o presidente democrata Joe Biden e os republicanos, a medida foi aprovada no Senado com uma maioria confortável de 63 votos a 36, um dia depois de ter passado pela Câmara dos Representantes. O texto permitirá a Washington honrar seus pagamentos até o início de 2025.
“Ninguém consegue tudo o que quer em uma negociação, mas não se engane: este acordo bipartidário é uma grande vitória para nossa economia e para o povo americano”, disse Biden, em comunicado divulgado nas redes sociais. O presidente acrescentou que sancionaria o projeto de lei “o mais rápido possível”. Biden deve falar à nação nesta sexta-feira.
Onze emendas derrubadas
Onze emendas foram apresentadas ao texto e poderiam ter inviabilizado o processo. Todas foram rejeitadas. Conforme havia anunciado, o líder da minoria republicana, Mitch McConnell, mobilizou o seu grupo parlamentar para garantir uma ampla maioria para aprovação da proposta.
Para o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, o país pode “respirar aliviado” depois de evitar um colapso econômico “catastrófico”. Ele elogiou o fato de que, “apesar de todos os altos e baixos” da negociação, “ambas as partes finalmente se uniram para evitar o calote”.
O projeto de lei segue agora para a mesa de Biden para ser sancionado.
Com as preocupações de inadimplência dos EUA fora do caminho, a atenção se volta agora ao esforço do Banco Central Americano para derrotar a inflação.