Em entrevista nesta sexta-feira (19) ao bahia.ba, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) defendeu a participação da bancada baiana da Câmara Federal na divisão e distribuição de cargos do governo estadual no interior, como forma de fortalecer a base nas eleições municipais de 2024.
“Acho que é um equívoco nos municípios não se levar em conta o deputado federal mais votado. Até porque, em muitos municípios, em algumas regiões, mesmo dobrando a votação, 50% como é feito com os deputados estaduais, não chegaria à força de um deputado federal”, avaliou a vice-líder do governo Lula (PT) na Câmara dos Deputados.
Ela disse ainda compreender o pleito dos deputados estaduais, que acabaram priorizados na partilha após negociação com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), mas reforçou que não tem “visão corporativa” e nem voltada para o próprio interesse.
Segundo a parlamentar, sua análise se dá “sem demérito de nenhum deputado estadual da base”, mas levando em conta a eleição municipal, na qual é preciso “estimular aquelas lideranças que têm mais fôlego, mais força, dentro de determinada região, seja bom para mim ou não”.
Lídice explicou ainda que a inclusão dos deputados federais na partilha já havia sido estabelecida, mas acabou suplantada por uma articulação da base na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). “Isso foi colocado no conselho político, o conselho concordou, mas o líder do governo conversou com os deputados estaduais, porque tinha havido uma reunião com o governador. O governador acolheu o pleito dos deputados estaduais, então voltou a consultá-los e eles não aceitaram”, relatou a deputada.
“Paciência, governo é isso mesmo, discute de um lado, volta de outro. Mas eu continuo tendo a minha opinião de que para o governo, para a construção do governo de cenários melhores para 2024, era importante que os deputados federais estivessem nessa partilha”, concluiu a parlamentar.