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Retrato oficial da 344ª Reunião do Alto-Comando do Exército, realizada em cinco encontros ao longo da primeira semana de agosto, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Foto: Divulgação/CCE/Arquivo
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quarta-feira 17 de maio de 2023 às 09:53h

Acordo com alto comando do Exército leva generais à CPI na Câmara Legislativa

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Um “acordo de cavalheiros” deve assegurar os depoimentos de personagens-chave para o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos. É esperado, nas próximas semanas de acordo com Pablo Giovanni, do Correio Braziliense, o comparecimento de generais do Exército Brasileiro na Câmara Legislativa (CLDF), após a aprovação de requerimentos na última sessão da CPI.

Apesar de todos estarem convocados, um acordo entre o Exército e os deputados distritais transformou em convites (quando não são obrigados a comparecer) a vinda do trio. Uma equipe do Exército compareceu à CPI na última semana, antes do depoimento do empresário suspeito de financiar os atos, Adauto Lúcio Mesquita, inspecionando a Casa e conversando com os parlamentares em cada gabinete. Os militares do Exército pediram que a comissão transformasse as convocações em convite e, com isso, confirmariam a presença dos generais.

“Recebemos uma delegação de militares, enviados pelo comandante do Exército (Tomás Paiva), onde ele pediu que nós transformássemos as convocações, de três generais, em convite. Com isso, ele garantiria a presença desses generais aqui, uma vez sendo convidados. Eles conversaram com todos os deputados”, contou o presidente da CPI Chico Vigilante (PT).

O primeiro a ser ouvido é o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP). O militar exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é alvo de desconfianças por ter protegido golpistas que invadiram os prédios dos Três Poderes, nas várias investidas do governo local de tentar desmobilizar o acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército.

Após, a CPI ouve o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), em 1° de junho. O general era considerado por muitos do núcleo do ex-governo como braço-direito do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Heleno e os integrantes da CPI chegaram a costurar um depoimento na CLDF, mas o general desistiu após ser orientado pelos advogados a não colocar “mais gasolina”.

Por fim, o general Marco Edson Gonçalves Dias, ou G.Dias, deve ser ouvido pelos distritais em 17 de junho. O general ocupava o cargo de ministro-chefe do GSI nos ataques do dia 8 e pediu demissão após imagens reveladas pela CNN Brasil mostrarem que o militar estava circulando dentro do Palácio do Planalto durante os atos. A atuação do ex-ministro foi estopim para os distritais aprovarem a convocação do militar.

Antes dos generais, a CPI vai ouvir o indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, preso pela Polícia Federal em 12 de dezembro, o que desencadeou em atos golpistas em frente à sede da PF, no mesmo dia.

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