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O deputado estadual Euclides Fernandes (PT) quer proibir, na Bahia, cardápio ou menu exclusivamente digital. A proibição abrange bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares que comercializem bebidas, refeições ou lanches. Estes estabelecimentos deverão, obrigatoriamente, dispor de cardápio ou menu impresso, em papel, plastificado ou não, além do QR-code, a fim de que o consumidor possa optar entre o menu impresso ou digital.
Do cardápio impresso, determina o projeto de lei do petista, deverão constar o nome do prato e o preço de forma legível e ostensiva. “Os cardápios físicos são uma parte importante da experiência de ir a um restaurante. Eles são um elemento tangível, que pode ser estudado, debatido e escolhido em conjunto com amigos e familiares”, afirma o legislador.
Ele admite que os QR-codes “oferecem avanços tecnológicos e podem proporcionar uma experiência mais ágil e personalizada”. Ao escanear o código com o smartphone, o cliente acessa o cardápio digital com rapidez, vê fotos dos pratos e até mesmo faz o pedido diretamente pelo aplicativo, acrescentou.
Apesar disso, lembrou, nem todas as pessoas têm acesso a um smartphone ou à internet para realizar a leitura do QR-code. “Pessoas mais velhas ou que não são familiarizadas com a tecnologia podem ter dificuldade para utilizar esse recurso. Fato que afeta diretamente os consumidores vulneráveis”.
Além disso, concluiu Fernandes, os cardápios físicos “têm um valor simbólico, que pode ser perdido com o uso exclusivo do QR-code. A sensação de pegar o cardápio, folhear as páginas e escolher o prato pode ser parte integrante da experiência de ir a um restaurante, sobretudo porque, em muitas situações, é na hora da refeição que nos afastamos um pouco das telas a fim de ter um momento de laser”.
Para o petista, o cardápio físico “não deve ser deixado de lado, já que ele é uma parte importante da tradição gastronômica e pode ser uma forma de oferecer uma experiência completa e inclusiva”.
