No governo de Lula, não haverá repactuação de acordos de leniência com empresas envolvidas em operações, como a Lava Jato. O presidente instruiu a Controladoria-Geral da União (CGU) a estabelecer novas regras apenas para acordos futuros. Em relação ao passado, cabe às empresas lidarem com as consequências. Essa foi a orientação dada pelo presidente, de acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
A decisão foi tomada durante as discussões entre empreiteiras e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre um plano de repactuação de seus acordos. O plano original envolvia a troca de valores a serem pagos à União por obras selecionadas pelo governo.
A proposta de repactuação de acordos de leniência com construtoras visava a execução de projetos prioritários da gestão Lula e a garantia de novos contratos para as empresas, facilitando o acesso a linhas de crédito. No entanto, a análise técnica demonstrou que essa abordagem não era viável, uma vez que a União não poderia negociar recursos que são devidos a terceiros, incluindo estatais lesadas como a Petrobras.