O presidente da Indonésia, Joko Widodo, pediu nesta quarta-feira (10) a união do Sudeste Asiático ante a pressão crescente pelo fim da violência em Mianmar.
Widodo discursou na reunião de cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Indonésia, no momento em que o bloco enfrenta críticas por sua incapacidade de solucionar a crise em Mianmar, que vive uma repressão violenta desde o golpe militar de 2021.
Ao abrir o encontro, de dois dias, Widodo disse aos colegas da Asean que acredita que o bloco, de 10 países, poderá lidar com os desafios globais crescentes desde que seus integrantes se unam.
A Asean tenta colocar em prática um acordo de cinco pontos para pôr fim à violência em Mianmar definido dois anos atrás, após o fracasso dos esforços de mediação no país.
A junta militar birmanesa ignora as críticas internacionais e se nega a conversar com os opositores, entre eles congressistas destituídos, as “Forças de Defesa Populares” e grupos étnicos armados.
O isolamento da junta aumentou após um ataque aéreo no mês passado contra uma vila localizada em um reduto rebelde, no qual 170 pessoas morreram, gerando a condenação de todo o mundo.
A pressão sobre a Asean aumentou no último domingo, depois que uma comitiva de veículos que transportava diplomatas e autoridades que coordenam a assistência humanitária do bloco regional foi atacada em Mianmar. O país é membro da Asean, mas foi excluído das reuniões de cúpula devido à recusa da junta a acatar o plano de paz de cinco pontos.