A Secretaria de Relações Institucionais (SRI), comandada pelo ministro Alexandre Padilha, pretende expor um mapa com as indicações políticas em cargos no governo nas reuniões que serão realizadas nos próximos dias com presidentes, ministros e líderes de partidos aliados. Os primeiros encontros serão com PSB e PSD, seguidos por União Brasil e MDB. Além de cobrar apoio nas votações do Congresso, a ideia é mostrar os principais entraves para algumas nomeações serem concluídas.
O mapa vai detalhar, entre outas coisas, problemas que vão desde falhas nos currículos ou pendências jurídicas que inviabilizaram a formalização das indicações. Com isso, o governo pretende deixar claro que não há má vontade da sua parte. Em paralelo, Padilha trabalha para liberar emendas parlamentares.
Há dúvida, no entanto, se as explicações sobre os cargos serão suficientes. No União Brasil, por exemplo, uma das críticas é que parte da legenda não se sente contemplada pelos ministros da legenda que fazem parte do governo. Eles reclamam que os acertos foram conduzidos pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e defendem uma minirreforma ministerial até agosto.
Alguns parlamentares da legenda, inclusive, já dão como certa a troca do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), que ficou enfraquecido após reportagens do Estadão mostrarem que ele contratou funcionários fantasma e usou verba do orçamento secreto para asfaltar uma estrada que dá acesso à sua fazenda. Os deputados ponderam que o próximo nome precisará ter o aval do líder da bancada, o de´putado federal pela Bahia, Elmar Nascimento (União Brasil), que foi vetado no final do ano passado por ser adversário do PT na Bahia.
Como mostrou a Coluna, as indicações na Bahia também viraram novo motivo de atrito entre Elmar e o governo. Cargos na Codevasf e no Dnocs no Estado são disputados pelo União Brasil, PT e PSD.