O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou de “escrota” a associação entre o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a vereadora e ativista Marielle Franco, executada a tiros no Rio de Janeiro em 2018.
A declaração foi dada segundo Rebeca Borges, do Metrópoles, horas após busca e apreensão na casa do ex-vereador Marcello Moraes Siciliano, do Rio de Janeiro, em investigação da Polícia Federal. Ele é acusado de envolvimento no esquema que supostamente fraudou dados do Ministério da Saúde para adulterar o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Siciliano foi investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por suposta participação na morte de Marielle. De acordo com as investigações da PF na operação desta terça, o ex-vereador foi citado em mensagens enviadas por Ailton Gonçalves Moraes Barros, major do Exército, ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.
Nas menssagens, Ailton teria dito a Cid que sabia quem é o mandante da morte de Marielle Franco, e que haviam tentado incriminar Siciliano no caso. Cid também foi preso na operação desta quarta.
Em discurso no plenário do Senado nesta quarta, Flávio Bolsonaro chamou de “escrota” a associação entre a família Bolsonaro e a morte de Marielle Franco.
“Essa tentativa de esculachar o presidente foi autorizada por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na mesma operação, foi alvo um ex-vereador que, há um tempo atrás, era acusado de participar do grupo que mandou matar Marielle. Qual é a intenção? Pelo o que eu saiba, essa pessoa nem está mais no inquérito porque não tinha nada. A intenção é tentar, mais uma vez, vincular Bolsonaro ao assassinato de Marielle?”, questionou.
Depois, o senador afirmou que conviveu com Marielle Franco na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro “de forma respeitosa”. Ele avaliou que a investigação de envolvidos no assassinato da vereadora no mesmo inquérito que apura o caso de Bolonaro é “escrota”.
“Essa narrativa criminosa, de mais uma vez tentar envolver Bolsonaro a esse assunto, desculpa a palavra, é escrota. Isso é muito escroto. Até onde vai o nível de perseguição de algumas pessoas contra o presidente Bolsonaro?”, perguntou.