Jair Bolsonaro (PL) passou a tarde desta última terça-feira(25) segundo a colunista Mônica Bergamo, reunido com advogados e assessores para treinar as respostas que dará no depoimento que tem marcado na manhã desta quarta-feira (26) na Polícia Federal. Ele é investigado no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro por ser supostamente um de seus autores intelectuais.
O ex-presidente se reuniu com os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser e com Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social de seu governo e que também é formado em direito. Os três devem acompanhá-lo à sede da PF.
Bolsonaro foi intimado a depor por ter compartilhado nas redes sociais um vídeo de ataques à segurança das urnas eletrônicas. A previsão de seus aliados políticos, no entanto, é a de que outros temas devem ser abordados, e o ex-presidente precisaria estar preparado para respondê-los.
Além de ter que dar explicações sobre atos dele ligados aos ataques golpistas, o ex-presidente responde a ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter questionado as urnas eletrônicas. Uma investigação pode alimentar a outra.
Os advogados explicaram a ele também as determinações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para o depoimento, e suas delimitações.
No material compartilhado por Bolsonaro dois dias depois do 8 de janeiro, um homem identificado como dr. Felipe Gimenez atacava a segurança das urnas eletrônicas.
A publicação trazia ainda as frases “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”.
O presidente publicou a postagem, mas a eliminou de seu perfil no Facebook pouco tempo depois.