#Acesse Política | O site de política mais acessado da Bahia! O site de política mais acessado da Bahia!
Empresa chinesa desenvolve nova tecnologia de bateria semi-sólida com eletrólito condensado que poderá trazer aviões elétricos ao mercado.
À medida que o mundo anda rumo aos carros elétricos de forma gradual, é apenas uma questão de tempo até que a eletrificação chegue aos céus, pelo menos para realizar viagens mais curtas. Se aproximando desse marco com uma nova tecnologia está a Contemporary Amperex Technology Co. Limited (CATL), empresa chinesa fabricante de baterias, que anunciou na última quarta-feira (19), durante a Shanghai AutoShow, o lançamento de uma bateria que consegue alimentar aeronaves elétricas de passageiros.
CATL pretende atingir neutralidade de carbono até 2035
A bateria semi-sólida com eletrólito condensado possui uma densidade de até 500 Wh/kg, ou seja, possui capacidade para armazenar 500 Watt horas de energia para cada kg de seu peso. A empresa afirma que pode alcançar a produção em massa da bateria condensada em um curto período de tempo e a expectativa é começar a produção em massa de uma variante com foco em automóveis ainda em 2023.
O lançamento desta nova tecnologia de bateria para aviões elétricos quebra os limites que há muitos anos restringem os avanços no segmento de baterias e abrirá um novo cenário de eletrificação com foco no alto nível de leveza e segurança.
A CATL está trabalhando ao lado de parceiros não revelados para desenvolver aviões elétricos. Além disso, a chinesa planeja atingir a neutralidade de carbono em suas fábricas até 2025 e em toda a cadeia de valor das baterias até 2035.
Aviões elétricos podem contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa, entretanto, são necessários grandes avanços para que se tornem uma alternativa viável em relação aos veículos movidos a combustível de jato.
NASA também trabalha em nova tecnologia para aviões elétricos
A NASA tem testado aviões elétricos ao longo dos últimos 10 anos, e outras empresas estão atuando em aviões híbridos, como a aeronave hidrogênio-elétrica da Zero Avia que realizou um voo de 10 minutos no mês de janeiro. A Rolls-Royce até voou com um modelo de avião totalmente elétrico a 387 MPH em um teste feito recentemente.
A CATL afirma que está atuando com parceiros não divulgados para criar veículos voadores. Atualmente, a CATL está cooperando com parceiros não divulgados para criar aeronaves elétricas de passageiros e praticando padrões e testes de nível aeronáutico de acordo com as exigências de segurança e qualidade aeronáutica.
A chinesa afirma que também trabalha para melhorar a pegada de carbono de suas baterias e espera atingir a neutralidade de carbono de suas fábricas até 2025 e em toda a cadeia de valor das baterias até 2035, como mencionado anteriormente. A companhia planeja se concentrar em mineração, materiais de bateria, matérias-primas a granel, fabricação de células e sistemas de bateria para alcançar o objetivo.
Benefícios da nova tecnologia
Segundo a empresa, com a eletrificação se estendendo da terra ao céu, as aeronaves se tornarão mais inteligentes e limpas.
O lançamento de baterias condensadas inaugurará uma era de eletrificação universal do transporte marítimo, aéreo e terrestre, abrirá mais possibilidades de desenvolvimento da indústria e promoverá a conquista dos objetivos globais de neutralidade de carbono em uma data mais próxima. No entanto, é importante moderar as expectativas sobre EVs voadores.
Algum avanço nessa direção pode ajudar na redução das emissões de gases poluentes da indústria da aviação, que responde por aproximadamente 3% das emissões globais. Entretanto, serão necessários avanços maiores do que a nova bateria da CATL para que se tornem uma alternativa viável às aeronaves que utilizam o combustível de jato atualmente em uso.
