O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é visto pelo eleitor como o sucessor de Jair Bolsonaro (PL) em 2026, caso o ex-presidente fique inelegível. Segundo a coluna de Mariana Carneiro, do Estadão, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também é lembrada, mas aparece em segundo lugar. Os números são um detalhamento exclusivo para a Coluna de uma pesquisa da Quaest, na qual entrevistados respondem à questão: “Se Bolsonaro não puder se candidatar, quem ele deve apoiar?”. Tarcísio é citado por 21% dos entrevistados, já Michelle, por 15%. Em seguida aparece o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), com 10%, e Flávio Bolsonaro, com 5%. Entre os que disseram ter votado em Bolsonaro no 2º turno – ou seja, os bolsonaristas – Tarcísio tem a preferência de 35% e Michelle, de 25%.
A resposta “nenhum deles” foi a opção de 25% dos entrevistados, o que sugere que há muita gente que ou não crê na inelegibilidade ou aposta em outro nome. Tarcísio tem mais vantagem entre os eleitores do Sudeste: 26% deles dizem vê-lo como herdeiro do bolsonarismo em 2026. Ele também é mais lembrado pelo eleitor mais velho (com mais de 60 anos). Nesta faixa etária, Michelle aparece em terceiro, atrás de Romeu Zema.
Tarcísio também é mais citado pelo eleitor de renda mais alta (acima de 5 mínimos). Já Michelle marca mais do que Tarcísio no eleitorado feminino e no Sul, onde ela aparece como a sucessora de Bolsonaro para 22% dos eleitores ante 18% de Tarcísio. Michelle empata com o governador entre os mais pobres (com renda até 2 mínimos) e entre os mais jovens (16 a 34 anos).
A Quaest ouviu 2.015 pessoas entre 13 e 16 de abril.