O assédio de lideranças petistas no Congresso Nacional para tentar atrair o Republicanos para a base aliada deu certo. A adesão do partido ao bloco governista foi vista como um ajuste pensando no futuro. Apesar do movimento, o futuro político nos estados, incluindo a Bahia, não devem ser alterados.
Informações de bastidores obtidas por Gabriel Lopes e Mauricio Leiro, do portal Bahia Notícias com deputados federais indicam que “não tem aproximação” do partido com o governo. A ideia é justamente fazer um “jogo parlamentar da Câmara” para futuros projetos, incluindo o do presidente da legenda, deputado Marcos Pereira.
A decisão não apresenta ajustes nos estados. A “adesão” se dá apenas no legislativo federal, mantendo as arrumações feitas pelos diretórios estaduais. A motivação para a “exceção” seria justamente o apoio do partido a grupos opostos ao PT, incluindo cenários em que o partido tem filiados vinculados ao bolsonarismo, que não podem ser preteridos.
“Se aproximar com Lula, perde o Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo]. Ninguém vai trocar um ministério pelo governo de São Paulo”, comentou um deputado federal que acompanha os diálogos para as formações dos blocos.
O projeto mais forte para o Republicanos é justamente a candidatura de Marcos Pereira à presidência da Câmara. “[Ele] tem um sonho de presidência. A ida deles [para o bloco do governo] não é natural. [O Republicanos] Marcos entrou porque quer ser candidato”, comentou outro deputado que integra o bloco.
Partido da Bahia e nos municípios
Na Bahia, a ideia segundo a publicação, é permanecer ao lado do grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União). O Republicanos terminou indicando a vice de ACM Neto (União) no pleito de 2022 ao governo da Bahia, com Ana Coelho e a proximidade permanece sendo vista com bons olhos.
Já em Salvador, o partido deve tentar emplacar mais um vice em disputas ao lado do União Brasil. A legenda irá buscar a indicação do nome para a majoritária de Bruno Reis (União), que tenta a reeleição em Salvador.