Reeleito para a presidência da Câmara com uma votação recorde, o deputado Arthur Lira (PP-AL) deu mais uma demonstração de força ao formar o maior bloco parlamentar da Casa, com 173 deputados, reunindo partidos de centro, de direita e até de esquerda, casos de PDT e PSB.
Foi uma resposta à versão de que seu poder e influência no Congresso já não são os mesmos, em razão da formação de outro bloco, com 142 deputados, integrado também por legendas de centro, como MDB, Republicanos e PSD, e idealizado pelo ex-ministro Gilberto Kassab, eminência parda no governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo.
Nos corredores da Câmara, diz-se que esses dois grupos devem disputar o comando da Casa em 2025. Parece uma mera disputa interna, mas não é só isso. Com seus blocos, o centro isola o PL de Bolsonaro, a quem Lira servia de aliado no governo passado, e também o PT de Lula, que ainda pena para montar uma base parlamentar. O Legislativo, pelo menos aparentemente, não quer ficar refém apenas dessas duas opções.