Pragas no Brasil, os golpes do PIX chegaram a Portugal e têm deixado rastros de prejuízos, revela o colunista Vicente Nunes, do Correio Braziliense. A empresária brasileira Sílvia Caetano, 67 anos, foi uma das recentes vítimas. Perdeu, de uma única vez, 1 mil (R$ 5,7 mil).
Ela conta que recebeu uma mensagem como se fosse de sua filha pedindo uma transferência para a conta dela. Sem desconfiar de nada, imediatamente fez a operação por meio do MB Way, o PIX de Portugal.
Ao conferir com a filha se o dinheiro havia chegado, descobriu o golpe. Sílvia, então, rastreou a operação e descobriu que, na verdade, o número do telefone usado para o PIX português estava no nome de um brasileiro: Nathan Lael.
A empresária tentou falar com o golpista. Ele até atendeu o telefone, mas desconversou e depois sumiu. Sílvia acredita que a foto associada ao número do celular usado para a falcatrua tenha sido clonada.
A brasileira registrou queixa junto à Polícia de Segurança Pública (PSP), que, segundo ela, fez pouco do caso. Também acionou o Banco Central de Portugal, mas sem sucesso. Ninguém se responsabiliza pelo prejuízo, nem o banco dela.
“Decidi contratar uma advogada para cobrar providências. Se nada for feito pelas autoridades, esses golpes vão se multiplicar”, afirma. “Minha ação pedirá que o MB Way identifique o dono da conta do golpista.”