Ministros palacianos e expoentes da classe política têm defendido que Lula postergue para outubro sua indicação para a próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são de Bela Megale, do jornal O GLOBO.
A tese é que o presidente oficialize suas escolhas para as duas vagas que serão abertas na corte em um pacote que reuniria os nomes para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com o objetivo de diluir desgastes.
Entre aqueles que passaram a ponderar essa opção junto a membros do governo está o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O parlamentar tem destacado, nos bastidores, que o Congresso deve focar esforços em temas mais urgentes que afetam a vida real do brasileiro, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal.
A partir de terça-feira que vem, 11, a cadeira de Ricardo Lewandowski no STF ficará vaga com a aposentadoria do ministro. O nome mais forte para assumir o posto é o do advogado de Lula, Cristiano Zanin. Em outubro, com a aposentadoria da presidente da corte, Rosa Weber, Lula terá que fazer uma nova indicação para o Supremo.
Defensores de Zanin, no entanto, se opõem à tese de adiar a escolha. Há o receio de que o capital político do governo se esvazie e que não haja ambiente para indicar o advogado daqui a seis meses.