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segunda-feira 27 de março de 2023 às 14:07h

Comunicado do Copom saiu no ‘tom errado’ e esticou a corda com o governo, diz Tebet

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A ministra Simone Tebet afirmou que seu papel na Esplanada é ser um “ponto de equilíbrio entre as duas narrativas que estão sendo colocadas”, mas defendeu que o Banco Central deveria levar em consideração o trabalho que está sendo desempenhado pela equipe econômica do governo e sinalizar uma redução dos juros.

O último comunicado do Copom, divulgado na última quarta-feira (22) conforme Davi Medeiros e Natália Santos, do Estadão, aprofundou a crise entre a gestão petista e o Banco Central. O comitê justificou a manutenção dos juros a 13,75% ao ano mencionando fatores externos, como os episódios recentes envolvendo bancos dos EUA e da Europa. A ministra argumentou que, apesar disso, o cenário interno é favorável devido à aprovação no horizonte da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal.

“É óbvio que fatores externos importam, preocupam e devem ser colocados na conta quando há a decisão técnica. Mas também os fatores internos, e nesse aspecto acho que houve uma evolução. Todos nós sabemos que estamos prontos pra anunciar o arcabouço fiscal, que há uma chance muito grande de ser aprovado, não é algo que vai ter grande dificuldade, a reforma tributária nunca esteve tão amadurecida para ser votada”, afirmou a ministra.

Orçamento

No mesmo evento, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, defendeu o repasse de recursos a parlamentares via emendas para irrigar suas bases eleitorais.

“Um parlamentar apresentar uma emenda ao orçamento é algo absolutamente legítimo. A representação popular se faz por meio de deputados e senadores eleitos, e é absolutamente legitimo que os parlamentares queiram levar recursos para as suas bases eleitorais, afinal de contas eles veem a Brasília para discutir temas e também para levar benefícios para as suas regiões. Não tem nada de errado nisso”, afirmou Dantas.

Segundo o ministro, porém, o atual sistema “pulverizou” os recursos públicos e fez com que o País perdesse a capacidade de fazer projetos estruturantes. “Porque se cada parlamentar tiver um quinhão elevado do orçamento, quem alocará recurso nos grandes projetos que exigem bilhões de reais?”, ponderou.

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