Militares dos Estados Unidos realizaram vários ataques aéreos na Síria na noite de quinta-feira (23) contra grupos alinhados ao Irã, aos quais culpou por um ataque de drone que matou um colaborador norte-americano, feriu outro e também feriu cinco soldados dos EUA, afirmou o Pentágono à Reuters.
O ataque a funcionários dos EUA e a retaliação foram divulgados pelo Pentágono ao mesmo tempo na noite de quinta-feira.
O ataque contra os norte-americanos ocorreu em uma base da coalizão perto de Hasakah, no nordeste da Síria, aproximadamente às 13h38 de quinta-feira no horário local, segundo o Pentágono.
A comunidade de inteligência dos EUA avaliou que o drone de ataque era de origem iraniana, disseram os militares, uma conclusão que pode agravar ainda mais as relações já tensas entre Washington e Teerã.
Embora as forças dos EUA estacionadas na Síria tenham sido alvo de drones antes, vítimas são extremamente raras.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que os ataques de retaliação foram realizados sob a direção do presidente Joe Biden e visaram instalações usadas por grupos afiliados ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC).
“Os ataques aéreos foram conduzidos em resposta ao ataque de hoje, bem como a uma série de ataques recentes contra as forças da Coalizão na Síria por grupos afiliados ao IRGC”, afirmou Austin em um comunicado.
“Nenhum grupo atacará nossas tropas impunemente.”
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo que monitora a guerra na Síria, disse que os ataques dos EUA deixaram oito combatentes pró-iranianos mortos na Síria.
A Reuters informa que não conseguiu confirmar o número de forma independente.