Os montenegrinos elegem seu novo presidente, neste domingo (19), entre o líder mais antigo da pequena nação adriática, Milo Djukanovic, e uma série de candidatos que esperam dar um novo rumo ao cenário político do país.
O resultado da corrida presidencial será conhecido ainda esta noite.
As eleições ocorrem após meses de impasse político, depois de o governo ter sido alvo de uma moção de censura em agosto e, apesar disso, ter permanecido no poder.
Djukanovic dissolveu o Parlamento alguns dias antes da eleição presidencial e convocou eleições legislativas antecipadas para 11 de junho, depois que o prazo de três meses para o primeiro-ministro designado formar um novo governo expirou.
Sua posição também ficou ameaçada, em meio a acusações de corrupção generalizada em seu governo, assim como de conexões com o crime organizado.
Neste país de 620.000 habitantes, o cargo de presidente é, sobretudo, figurativo, com a maior parte do poder político investido no primeiro-ministro.
O mandatário, de 61 anos, está no poder de forma quase ininterrupta há cerca de três décadas. Precisa superar 50% dos votos para ganhar as eleições em primeiro turno – cenário mais provável, conforme analistas. Do contrário, um segundo turno será realizado em 2 de abril.
Há sete candidatos na disputa. Entre eles estão Andrija Mandic, da Frente Democrática pró-Rússia; Aleksa Becic, do partido de centro-direita Democratas; e Jakov Milatovic, do Europa Agora.
Uma derrota do atual presidente nas urnas pode significar uma mudança de rumo para o país, cujas perspectivas europeias se veem prejudicadas por acusações de corrupção e reformas lentas.
“Essas eleições vão determinar se Montenegro manterá seus atuais objetivos de política externa, ou se mudarão sob a influência servo-russa”, disse o cientista político Daliborka Uljarevic.
Sob o mandato de Djukanovic, Montenegro ingressou na Otan em 2017, negocia a adesão à União Europeia desde 2012 e se afastou da esfera de influência russa.