Com uma agenda de trabalho de dois dias com a categoria petroleira na Bahia, no domingo e nesta segunda-feira (13) o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou que o processo de venda do Polo Bahia Terra, na região, está suspenso para avaliação pela nova diretoria da empresa, cujo conselho de administração (CA) assume em 27 de abril.
“Os petroleiros ouviram de Prates que deverá ser mais fácil sustar a privatização de Bahia Terra, pois nesse caso não houve signing ou closing (assinatura de contrato definitivo de compra e venda); só havia negociações prévias”, disse o coordenador- geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), presente ao encontro.
A gestão anterior da Petrobras vinha negociando a venda do Polo Bahia Terra com um consórcio de empresas formado por Petrorecôncavo e Eneva. Os campos do Polo Bahia Terra, com 37 poços e cerca de 4,5 mil trabalhadores, produzem óleo parafínico, que vai para a refinaria de Mataripe , antiga Landulpho Alves (Rlam), e para o Polo Petroquímico de Camaçari, também na Bahia.
Em relação à PBio, unidade da Petrobras voltada para produção de biocombustíveis, Prates disse que a unidade será remodelada para atuar na Bahia junto com o fortalecimento da agricultura familiar, ao fornecimento de matéria-prima para a própria PBio e para o coprocessamento de óleo diesel H-BIO nas refinarias. “Prates ressaltou que a nova administração vai remodelar também a Petrobras no estado baiano, com características de atuação para energias renováveis”, relatou Bacelar, considerando “bons compromissos assumidos pelo novo presidente”.
Na ocasião, o presidente da estatal recebeu uma carta com reivindicações da categoria para atender demandas de aposentados, pensionistas, trabalhadores da ativa e terceirizados.
Entre as principais demandas apresentadas, destacam-se a garantia da permanência dos trabalhadores da Petrobras na Bahia, incluindo aqueles que foram transferidos, e o aumento de investimentos da empresa na região.