O ex-governador da Bahia César Borges defendeu que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi injusto e caracterizou o episódio como um “golpe parlamentar”. Em entrevista nesta última segunda-feira (6) ao MetroPod, na Rádio Metropole, o político argumentou que a queda da petista teve razões meramente políticas.
“[Dilma] foi injustiçada, foi um golpe parlamentar. Qual foi o ponto de apoio do impeachment? Primeiro, Eduardo Cunha na presidência [da Câmara] ter apresentado, coisa que nunca aconteceu antes. Segundo, a ‘pauta bomba’: só coisa contra o governo para derrubá-lo de alguma maneira. Terceiro, eles usaram o ‘nariz de cera’ que a presidenta fez as pedaladas [fiscais]. Isso nasceu dentro do TCU, com gente que eu conheço. Eu era do Banco do Brasil, as pedaladas sempre existiram, não é crime de responsabilidade”, declarou nesta segunda-feira (6).
César Borges afirmou ainda que as fortes acusações de corrupção envolvendo o PT naquela época “não atingiam a presidente”. “Um impeachment é algo muito sério: o presidente foi eleito democraticamente e o impeachemnt pressupõe crime de responsabilidade. Por exemplo, chamar juiz do STF de canalha e falar em fechar o congresso – isso vai contra constutição e poderia ser razão”, alfinetou, fazendo referência à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apresentado por Chico Kertész e Rodrigo Daniel Silva, o MetroPod vai ao ar todas as segundas às 20h.