O Óleo do Crisma para a coroação do soberano britânico Charles III, que ocorre em 6 de maio, foi consagrado em Jerusalém, anunciou o Palácio de Buckingham.
A cerimônia aconteceu na sexta-feira (3) na Basílica do Santo Sepulcro, onde Jesus teria sido sepultado, e foi realizada pelo patriarca greco-ortodoxo Teófilo III e o arcebispo anglicano de Jerusalém Hosam Naoum.
O óleo será utilizado para ungir Charles III e sua esposa, a rainha consorte Camilla, durante a coroação na Abadia de Westminster, em Londres.
O Palácio detalhou que a mistura singular foi “perfumada com óleos essenciais” e possui extratos de gergelim, jasmim e canela. Feita com os mesmos ingredientes que o óleo utilizado na coroação da rainha Elizabeth II em 1953, é baseada em uma fórmula “usada há centenas de anos”, destacou o Palácio.
O óleo foi elaborado com frutos colhidos em duas oliveiras do Monte das Oliveiras de Jerusalém: uma na Capela da Ascensão e outro na Igreja de Santa Maria Madalena, onde a avó de Charles, a princesa Alice de Battenberg, foi sepultada.
As azeitonas foram prensadas nos arredores da cidade palestina de Belém, na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.
O arcebispo da Cantuária, chefe da igreja anglicana e responsável pela cerimônia, Justin Welby, acredita que este óleo reflete “o vínculo pessoal da família real com a Terra Santa”.
“Desde os reis antigos até os dias atuais, os monarcas foram ungidos com óleo deste local sagrado”, disse ele.