As condições de trabalho dos professores e a estrutura das escolas públicas estaduais foi o tema da entrevista da secretária estadual de Educação, Adélia Pinheiro, ao programa Isso É Bahia, da Rádio A Tarde nesta quinta-feira (2).
“Não se pode pensar a carreira de professor a partir de vínculos precários ou mal remunerados, mas é preciso ter amorosidade como grande caminho. O caminho da educação é pela amorosidade”, afirma Adélia.
Mesmo defendendo a ideia de que a construção de escolas é parte importante no processo de fortalecimento da educação no estado, a secretária disse enxergar algumas ações que não envolvem infraestrutura como tão ou mais importantes.
“Temos mais de 300 obras em escolas. Não há nenhum estado com investimento tão forte em estrutura física. A construção de escolas é importante, mas não é único [investimento importante]. A formação dos professores e a valorização remuneratória faz parte disso e estamos trabalhando nisso, como no piso [nacional] do magistério [R$ 4.420,55 em 2023, com reajuste de 15% em relação ao piso de 2022, quando era R$ 3.845,63]”, defendeu Adélia, que na entrevista falou sobre sua trajetória na docência, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), no sul do estado.
“Queremos diálogo com a APLB e temos compromisso com a valorização dos nossos professores. Temos um governador professor”, complementa.
Evasão escolar e déficit de aprendizagem
Os desafios da pasta, gerida durante a pandemia de covid-19 pelo atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT), precisarão ser enfrentados não só com ações imediatas, mas com planejamento de médio e longo prazo, afirmou Adélia.
“Se por um lado o tempo de pandemia nos trouxe avanços tecnológicos, sem a presencialidade aconteceram perdas. Tivemos perdas em processos de aprendizagem. Temos estudos que mostram claramente isso. Mas vamos recuperar isso. O governador tem falado de escolas abertas no final de semana”, argumentou a secretária estadual de Educação. “Nós temos trabalho [com relação à evasão escolar]. Precisamos envolver a família e a sociedade nisso, olhando para o futuro e para o imediato”, justifica.