Na terça-feira (28), ele foi o autor de ofensas aos trabalhadores baianos encontrados em condições análogas à escravidão na cidade vizinha de Bento Gonçalves. O teor xenofóbico e racista de sua fala gerou repercussão nacional e motivou abertura de inquérito contra ele e expulsão do partido Patriota.
A abertura do processo de cassação foi aprovada por todos os 22 vereadores. Somente Fantinel, que não compareceu à sessão, não votou.
Para dar andamento ao processo, foi criada uma comissão parlamentar processante que vai discutir a cassação e tem 90 dias para apresentar um relatório.
“Não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse Sandro Fantinel, referindo-se aos baianos que foram resgatados de condições degradantes impostas por seus empregadores. “Com os baianos, que a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”.
O delinquente vereador bolsonarista Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, atacando a ação contra o trabalho escravo, dizendo que criará grupo para vinícolas contratarem argentinos e não 'baianos': "a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor". Cassação nesse lixo! pic.twitter.com/imbNFJOPzr
— Lázaro Rosa ?? (@lazarorosa25) February 28, 2023
Como resposta a essa crítica, os manifestantes que lotaram hoje a Câmara entraram na casa ao som dos atabaques.
“Se houve ofensa ao samba, aos tambores, nada mais justo que as pessoas que levam à frente a cultura negra se manifestem”, disse à coluna o vereador Lucas Carignato (PT). “Se esse discurso de ódio está na moda em algumas casas parlamentares pelo Brasil, aqui foi rechaçado”.