Deputados aliados do Palácio do Planalto acreditam que a nova Medida Provisória (MP) que será editada até amanhã pelo governo para modificar os tributos sobre a gasolina e o etanol vai inviabilizar o debate no Congresso para retomar a desoneração, como defendem alguns parlamentares.
O cálculo segundo Mariana Carneiro, do Estadão, é que, como a MP tem prazo de quatro meses para ser analisada pelos congressistas, o período será suficiente para que a reforma tributária avance e a Petrobras modifique a política de preços.
Com isso, a avaliação é que não haverá mais argumentos para manter a isenção dos impostos sobre os combustíveis.
Até mesmo parlamentares de partidos que não fazem parte da base aliada admitem dificuldade em retomar a desoneração no futuro.
O líder do PP na Câmara, o deputado federal pela Bahia, Claudio Cajado (PP), disse que para ele será difícil votar a favor da isenção novamente porque “não é favorável a mexer em receita em momento de crise”.
Ainda assim, ele considera que muitos vão pressionar pela volta da desoneração porque vão “criticar a volta da cobrança em prejuízo do bolso da população e da inevitável carestia que advirá”.