Para efeitos de comparação, a maioria dos deputados têm patrimônio entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. Segundo reportagem de Caio Matos, do Congresso em Foco, apenas 24 parlamentares têm patrimônios entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões, enquanto somente Eunício e Jadyel Alencar (PV-PI), com um patrimônio declarado de R$ 107,5 milhões, superam a barreira dos R$ 100 milhões.
Jadyel declarou à Justiça eleitoral bens como duas aeronaves, sendo uma avaliada em R$ 9 milhões, quatro veículos de luxo, sete casas, cinco terrenos, dois apartamentos e R$ 5 milhões em participação societária de uma única empresa.
No Senado Federal, o maior patrimônio é do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Ao ser eleito em 2018, o senador declarou ao STE possuir um patrimônio de R$ 239,7 milhões, incluindo bens como um imóvel de R$ 8 milhões em Guaratuba (PR), um barco de R$ 4,9 milhões, uma casa de R$ 4,8 milhões, dois veículos de luxo e uma obra de arte avaliada em R$ 1,5 milhão. O senador é empresário do ramo da educação e de tecnologia. É fundador do Grupo Positivo, que inclui uma universidade.
Oriovisto tem um patrimônio quatro vezes maior do que o segundo colocado, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO). O senador rondoniano tem um patrimônio declarado de R$ 55,7 milhões que inclui bens como uma aplicação financeira de R$ 17 milhões, um apartamento de R$ 1,5 milhão, três carros e uma moto.
O MDB é o partido com os parlamentares mais ricos, somando R$ 479 milhões em patrimônio acumulado. Além de Eunício, o partido tem no top 10 mais ricos os deputados Hercílio Coelho Diniz (MG), com um patrimônio de R$ 65,9 milhões; Duda Ramos (RR), com R$ 50,5 milhões em patrimônio; e o senador Eduardo Braga (AM), com patrimônio declarado de R$ 31,6 milhões.
O Paraná é a unidade da federação com os parlamentares mais ricos. Os 29 deputados federais e os três senadores do estado somam R$ 343,1 milhões em patrimônio, uma média de R$ 10,7 milhões para cada parlamentar. Além de Oriovisto, o estado tem o deputado Dilceu Sperafico (PP) entre os 10 mais ricos da Câmara.
Em seguida, aparecem os parlamentares do Ceará, somando R$ 236,7 milhões (média de R$ 9,4 milhões); e os de Minas Gerais, somando R$ 214,4 milhões (R$ 3,8 milhões em média). Os parlamentares de Sergipe são os com o menor patrimônio acumulado. Os oito deputados e os três senadores do estado acumulam um patrimônio de R$ 11,5 milhões, uma média de pouco mais de R$ 1 milhão para cada.