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Lula e Bolsonaro - Foto: Ricardo Stuckert/Adenir Britto/PMSJC/Divulgação
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sexta-feira 24 de fevereiro de 2023 às 18:45h

Já tem data a batalha final entre governo Lula e diretores do Sebrae indicados por Bolsonaro

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Foi marcada para o próximo dia 8 de março a reunião extraordinária do conselho do Sebrae que vai deliberar sobre a destituição de toda a diretoria da entidade, nomeada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a um mês do final de seu mandato.

O governo quer de acordo com a coluna de Malu Gaspar, do O globo, que essa reunião seja o último round de uma batalha que vem desde a transição e que opõe, de um lado, Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e amigo pessoal de Lula, e de outro, os atuais diretores, ligados a Bolsonaro e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas faz parte do chamado “sistema S”, que é financiado por contribuições compulsórias de empresas

Além do orçamento de pouco mais de R$ 5 bilhões anuais para o fomento ao empreendedorismo, o Sebrae tem 2.649 pontos de atendimento espalhados pelo país e está implantando uma agência de financiamento orientada para pequenas empresas.

Os três diretores têm mandato fixo de quatro anos. Entre eles estão o presidente, Carlos Melles, ex-ministro do Turismo de FHC e ex-deputado federal pelo DEM, reconduzido por Bolsonaro; e Margarete Coelho, ex-deputada federal pelo PP do Piauí, indicada por Lira e pelo ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para a diretoria administrativa financeira. Os dois foram nomeados no final de novembro.

Para retirá-los de seus cargos, é preciso ter a aprovação de 11 dos 15 conselheiros. Oficialmente, o governo federal controla cinco dos 15 votos, mas o pedido para a realização da reunião sobre a troca da diretoria foi assinado por oito membros.

Faltam, portanto, três votos, que Okamotto e aliados estão buscando pessoalmente em conversas com os conselheiros. Nos bastidores, auxiliares de Lula afirmam que a troca de toda a diretoria é questão de tempo.

Por enquanto, estão do lado do governo entidades de pequenas empresas, além de orgãos oficiais como Caixa, Banco do Brasil. Contra a saída da diretoria estão a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), entre outras.

A disputa voto a voto no conselho será a terceira tentativa do governo Lula de ocupar a diretoria do Sebrae.

A primeira se deu ainda antes da posse, quando o vice-presidente Geraldo Alckmin pediu à presidência do conselho que a eleição fosse adiada para que o novo governo pudesse nomear os novos dirigentes. O pedido não foi atendido.

Depois, em janeiro, o próprio Okamotto procurou os diretores da entidade e sugeriu que renunciassem. Nenhum deles aceitou de pronto.

Margarete disse inclusive a Okamotto que faria o que Arthur Lira pedisse, mas até agora o presidente da Câmara não entrou nessa briga – pelo menos não de forma ostensiva.

Já Melles indicou que vai tentar ficar – se não por decisão do conselho, recorrendo à Justiça.

Okamotto interpretou a resistência como uma declaração de guerra e saiu em busca dos votos necessários para derrubar os indicados de Bolsonaro.

Ele já afirmou que não faz sentido uma diretoria do Sebrae que não tenha “a cara do governo Lula”, e que “qualquer diretoria civilizada, com um pouco de bom senso” não teria aceitado os cargos sem a concordância e uma negociação prévia com o novo governo.

Seu preferido para ocupar a cadeira de Melles é o ex-deputado federal pelo PT de Santa Catarina Délio Lima, que perdeu a disputa pelo governo do estado em outubro para o senador Jorginho Mello, do PL.

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