A Petrobras bateu recorde em captura, uso e armazenamento geológico de CO2 (CCUS, na sigla em inglês) no ano passado, com 10,6 milhões de toneladas reinjetadas, ou o equivalente a 5,8 bilhões de m³ de CO2, informou a companhia em nota nesta quinta-feira. As informações são da Reuters.
O montante corresponde a 27% em volume do total de gás reinjetado nos campos do pré-sal da companhia e a cerca de 25% do total de CO2 injetado pela indústria global no ano passado, disse a petroleira, citando dados do Global CCS Institute.
“Com esse resultado, a empresa consolida sua liderança mundial em reinjeção de CO2, em linha com a estratégia de reduzir a intensidade das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em suas operações”, disse a empresa.
A Petrobras afirmou que as 21 plataformas operadas pela empresa que produzem no pré-sal da Bacia de Santos incorporam a tecnologia de CCUS associada à recuperação avançada de petróleo (EOR, na sigla em inglês), com desempenho em evolução constante.
“Ao reinjetar o gás no reservatório, aumenta-se a eficiência da produção e reduz-se a intensidade de emissões de GEE, medida em emissões por barril produzido. Com isso, o objetivo é buscar uma operação com baixo custo e baixo carbono, garantindo a competitividade do projeto”, afirmou.
Segundo a petroleira, o recorde evidencia a capacidade técnica da Petrobras de superar o desafio de lidar com a alta presença de CO2 nos campos do pré-sal.
A empresa também pontuou que está estudando oportunidades de desenvolvimento de um novo modelo de negócio para captura e armazenamento de CO2 oriundo de processos industriais, além do pré-sal. Sem dar detalhes, a empresa disse que o objetivo é contribuir para reduzir emissões não só da companhia, mas também de outras indústrias.