A vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), disse em entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, da rádio Band News, durante a festa momesca, ter o apoio do seu partido para ser candidata à reeleição no pleito do próximo ano. “Esse trabalho (como secretária da Saúde) é o meu foco. Eu não tenho tempo agora para focar na política. Sou uma pessoa que me coloco à disposição do meu povo. Se o povo de Salvador quiser, pelo merecimento do meu trabalho, se o prefeito quiser e a coligação, eu sou o nome do meu partido (…) Fui candidata a vice-presidente, então, naturalmente, sou o nome do meu partido para continuar como vice-prefeita, mas o tempo é o senhor de todas as respostas, eu entrego minha vida a ele. Entrego minha vida a Deus e ao trabalho”, declarou.
Os principais nomes do PDT na Bahia defenderam, em entrevista a Rodrigo Daniel Silva do jornal Tribuna em janeiro, que a atual vice-prefeita seja candidata à reeleição no pleito de 2024 na chapa de Bruno Reis (União Brasil) “Não é uma reivindicação do PDT, mas é uma coisa natural. A preferência naturalmente é dela que já está ocupando. Se o PDT for rifado, pode ter consequências. Toda ação tem uma reação, né. Ela querendo, e dever querer, é o nome natural. Isso é em condições. Foi uma chapa vencedora e teve sucesso. Não há por que mudar”, disse o presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Júnior.
O deputado federal Leo Prates (PDT), que foi cotado para a vice de Bruno Reis na eleição de 2020, disse que não se opõe à permanência da correligionária. “Quero que o prefeito Bruno Reis tenha as melhores condições para disputar as eleições nesse projeto que vem transformando Salvador. Então, eu defendo que escolha o melhor vice para facilitar a sua reeleição. Então, não me oponho à permanência da atual vice-prefeita Ana Paula Matos”, afirmou.
Ana Paula Matos descartou qualquer possibilidade de ser candidata a vereadora na eleição do próximo ano.
“Não tem hipótese de eu ser candidata a vereadora. Estou sendo muito objetiva. Vou explicar o porquê. Eu sou concursada da Petrobras. Enquanto eu estava como secretária, eu vinha sendo cedida. O meu contrato de trabalho se mantinha, com meu plano de saúde e minha vida funcional. Eu cedida, a prefeitura pagava a Petrobras meu salário e eu trabalhava aqui. Para eu ser vice-prefeita, eu tive que tirar uma licença de mandato eletivo. Eu continuo concursada, mas a minha vida funcional para. Esses quatro anos param de contar para a minha aposentadoria, meu plano de saúde, eu tenho que pagar privado. Então, na minha vida funcional, eu posso servir a cidade como secretária. No caso de vice-prefeita, é orgulho de uma mulher na função. Como vereadora, tem uma função muito nobre e linda, mas eu sou uma entre vários. Eu posso fazer essa função como secretária. Então, em função da minha vida funcional, de carreira na Petrobras, é que não vejo hipótese (de ser candidata a vereadora). Para eu vir para o mandato, eu tenho que entrar no contexto de espera lá”, afirmou.