Dentro da equipe de Lula, existe uma disputa em torno de quem será o conselheiro do presidente na escolha de nomes para o Judiciário.
Neste ano, o petista escolherá dois ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), três do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dezenas de desembargadores para os TRFs (Tribunais Regionais Federais) e TREs (Tribunais Regionais Estaduais).
Segundo o portal Uol, nos dois primeiros governos, Lula tinha interlocutores definidos para o assunto. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos costumava bater o martelo nas nomeações. O ex-deputado Sigmaringa Seixas também desempenhava esse papel. Ambos foram os responsáveis pela maior parte dos ministros escolhidos por Lula para o STF.
Depois que os dois morreram – Márcio Thomaz Bastos em 2014 e Sigmaringa Seixas em 2018 -, o posto de conselheiro para assuntos jurídicos de Lula foi gradualmente preenchido por outras pessoas.
Hoje, os candidatos às vagas nos tribunais não têm uma pessoa apenas para procurar. Houve pulverização dos conselheiros.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, e o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, têm recebido aspirantes às cadeiras nos tribunais. Os interessados nas vagas também têm procurado o ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima e Silva; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Interlocutores de Lula também dizem que o presidente levará em conta a opinião do ministro do STF Ricardo Lewandowski para definir o próximo integrante da Corte. Lewandowski tem aposentadoria agendada para maio e abrirá, com isso, a primeira vaga que Lula poderá escolher no Supremo.