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A advogada Mariane Cardoso, que atuou para Daniel Silveira no processo do indulto concedido a ele pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, deixará segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, de atuar na defesa do ex-deputado.
A decisão aconteceu devido a divergências que ela teve com colegas que atuam nos processos de Silveira e com conselheiros do ex-parlamentar na área política. Esse grupo cobrava que Mariane adotasse uma postura de enfrentamento em relação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Nesta quarta-feira, Silveira voltou para a prisão por ordem do magistrado, já que seguia desobedecendo as medidas cautelares impostas pela corte.
Outro ponto de tensão entre os advogados foram as mensagens atribuídas a Silveira pelo senador Marcos do Val. Ele revelou o conteúdo para provar as afirmações que deu sobre o ex-deputado ter lhe chamado para participar de um plano golpista. O intuito, segundo Do Val, era gravar Moraes e impedir a posse de Lula como presidente. Segundo o senador, o plano teria sido descrito em uma reunião no Palácio da Alvorada com a presença do então presidente Jair Bolsonaro, que não se opôs à iniciativa.
A advogada defendia a linha de ter uma atuação técnica e evitar o confronto com a corte. O estilo foi interpretada por aliados bolsonaristas do Silveira como “fraqueza”. Procurada, Mariane Cardoso disse:
— O que eu tenho a dizer enquanto advogada eu sempre vou falar em primeiro lugar nos autos. Vou fazê-lo em breve, observando os parâmetros éticos inerentes à advocacia.
Como informou a coluna, esposa de Daniel Silveira, Paola Silva Daniel, quer entrar na equipe de defesa que atua perante ao STF. Também representam o ex-deputado os advogados André Queiroz, que acompanhou Silveira na audiência de custódia desta quinta-feira, e os advogados Paulo Faria e Jean Gargia, que já atuaram antes na defesa de Silveira.
