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Ulysses, Aécio e Eduardo Cunha: relembre os presidentes da Câmara e do Senado desde a redemocratização Reprodução
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terça-feira 31 de janeiro de 2023 às 07:16h

Ulysses, Aécio e Eduardo Cunha: relembre os presidentes da Câmara desde a redemocratização

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Com amplo apoio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tenta a reeleição ao cargo e deve permanecer na cadeira por mais um biênio. Caso seja confirmado, o deputado do PP se mantém segundo Vittoria Alves, do O Globo, como o 18º homem a ocupar um dos postos mais importantes da República, desde a redemocratização, na década de 1980.

A reeleição de Lira pode bater a eleição do petista João Paulo Cunha (PT-SP), de 2003, que obteve 434 dos 513 votos. À época, durante o primeiro governo Lula, o petista foi o único concorrente ao cargo. Cunha foi condenado e preso por envolvimento no escândalo do mensalão. Outro nome popular foi seu sucessor, Severino Cavalcanti (PP-PE). Dois petistas decidiram concorrer à Presidência, e a disputa abriu caminho para a vitória do pernambucano, representante do Centrão.

Histórico dos presidentes eleitos na Câmara — Foto: Editoria de Arte

Histórico dos presidentes eleitos na Câmara — Foto: Editoria de Arte

Os outros dois deputados que ultrapassaram a barreira dos 400 votos foram os emedebistas Ibsen Pinheiro (1991), ainda durante o governo Collor, e Michel Temer, quando foi reeleito ao cargo, em 1999, durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Antes de ser presidente da República, Temer ocupou a presidência da Câmara entre 1997 e 2001, e voltou ao cargo em 2009, no final do segundo governo Lula.

Antes de ser governador de Minas e concorrer à Presidência da República, em 2014, o tucano Aécio Neves presidiu a Câmara em 2001 e 2002.

Lira favorito

Arthur Lira deve se reeleger com amplo apoio dos deputados eleitos. Na noite da última quinta-feira, um jantar em prol da reeleição de Lira reuniu políticos de diferentes ideologias na residência oficial, em Brasília. Estavam presentes desde aliados de Lula, como os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), até o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O atual presidente da Câmara deve contar o apoio de um bloco de pelo menos 19 partidos. Às vésperas da disputa, os petistas tentaram articular um bloco alternativo para isolar o PL das negociações dos cargos na Casa. Porém, a ideia esbarrou no União Brasil, terceiro maior partido da Câmara, que está insatisfeito com a participação no governo Lula.

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), já avaliou que será difícil montar um bloco alternativo e o mais provável é que a eleição conte com um grupo único de apoio a Lira. O PT indicou a deputada Maria do Rosário (RS) para Mesa, que deve ficar com a segunda-secretaria, cargo hoje já ocupado pela legenda.

Pelo acordo traçado por Lira com os partidos, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, vai permanecer na primeira-secretaria. O cargo funciona como uma espécie de prefeitura da Câmara e lida com questões administrativas da Casa. As outras duas secretarias serão divididas entre PSD e MDB, ainda sem definição de qual função ficaria com cada partido.

Deputados afirmam que, se reeleito, o atual presidente da Câmara pretende criar, já no começo da legislatura, cinco novas comissões permanentes na Casa — saltando das atuais 25 para 30. O movimento permitiria acomodar mais partidos a frente dos colegiados.

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