O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a reunião desta terça-feira (17) com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes das Forças Armadas não tratou sobre a relação de desconfiança do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) com os militares. Por outro lado, o petista defendeu que as instituições não podem permanecer “contaminadas”, sem citar diretamente as Forças.
“Nós não podemos de forma nenhuma permanecer com nossas instituições contaminadas. Se nós queremos ser grandes, como nós esperamos, é preciso pensar em projeto de Estado, instituições de Estados e não podemos misturar isso com eventuais comportamentos inadequados de um, de dois ou 10 pessoas de instituições diferentes, que não deveriam ter ocorrido”, afirmou em entrevista coletiva após a reunião.
Como mostrou o Broadcast/Estadão, a reunião foi um gesto de aproximação do governo com os militares, diante da relação de mútua desconfiança entre Lula e a caserna. Ainda segundo Costa, o almoço serviu para discutir um projeto de modernização para as Forças Armadas. O ministro disse que o governo quer investir em projetos na área da defesa para fomentar o desenvolvimento de tecnologias e conhecimento no País
“Desde o início, o presidente Lula quer discutir com a Defesa e com as Forças Armadas a modernização das Forças Armadas. Há um alinhamento nos investimentos na Defesa do País, nas Forças Armadas, com ciência, conhecimento e formação de mão de obra. O presidente Lula já tinha definido na campanha que gostaria de modernizar as Forças Armadas, fazer o que as principais nações fazem é que esse investimento tenha alinhamento com outras ações prioritárias de governo, como formação de mão de obra”, declarou.
Na entrevista, Costa também reiterou a importância dada pelo presidente em fazer Parcerias Público-Privada para investimentos em projetos das Forças Armadas. “Que a gente possa ampliar investimentos com outra modalidade de captação de recursos. Outras nações do mundo fazem projetos de PPP para equipar suas Forças Armadas. Alguns investimentos que levam 10, 20 anos cabem muito bem em projeto de PPP”, disse.