A prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, está longe de ser unanimidade no meio jurídico. O advogado Fábio Tofic Simantob, que integra o grupo Prerrogativas e tem entre seus clientes Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, avalia conforme Claudio Dantas, do O Antagonista, que não é o caso de prisão para garantia da ordem pública.
Segundo Tofic, “investigar é importante, porque muitas coisas precisam ser explicadas. Mas, como Anderson não ocupa mais cargo público, não me parece caso de prisão para garantia da ordem pública”.
“Seu imediato retorno ao Brasil ao saber da prisão também mostra que não há risco de fuga. Não vejo como, fora do cargo, possa colocar em risco a ordem pública. A prisão antes da condenação não pode ser banalizada.”
Como já publicamos, a ordem de prisão foi expedida por Alexandre de Moraes quando Torres ocupava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, da qual foi exonerado no mesmo dia 8 de janeiro. Além disso, ele é delegado da Polícia Federal e tem residência fixa em Brasília.