Conforme adiantou o portal Bahia Econômica, o colegiado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) negou o pedido da Petrobras para que a produção do Polo Bahia Terra fosse retomada.
A decisão vai paralisar a produção de 20 mil mil barris diários de petróleo na Bahia, resultando na perda de R$ 4,5 bilhões/ano em faturamento bruto e vai desempregar 4.500 pessoas, segundo informações do Sindpetro. A medida afeta diretamente a economia baiana e além do desemprego e da perda de receita pelos municípios prejudicará a indústria baiana, pois várias empresas se abastecem com a produção do polo.
Especialistas afirmam que não há razão para a interdição de todo o Polo Bahia Terra e que medidas pontuais poderiam ser tomadas sem paralisar o setor.
O Polo está sendo negociado pela Petrobras com um consórcio formado pela Eneva e PetroRecôncavo, dentro do plano de desinvestimentos da Petrobras feito pelo governo anterior. Há indícios de que a medida foi resultante de pressão da Federação Única dos Petroleiros (FUP) que pede a suspensão da venda. A venda não traz prejuízo para a Petrobras já que o campos maduros não são lucrativos para a estatal.
O relator do processo, diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, sugeriu, no entanto, a criação de um grupo de trabalho para monitorar a situação do Polo e articular a retomada gradual e completa da produção. Mas a venda dos campos estará suspensa.
Na defesa da continuidade da operação do polo, a Petrobras argumentou que a interdição do Polo Bahia Terra, que arrecada quase R$ 200 milhões em royalties, afetará municípios baianos e, além de gerar empregos e renda no local da operação.
Está sendo aguardada uma manifestação do governo baiano sobre o assunto.