O primeiro teste político do dano provocado pelos atos do bolsonarismo em Brasília, será a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) a presidente do Senado. Segundo a coluna de Mariana Carneiro, no Estadão, aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) dizem que Marinho, assim como Bolsonaro, saíram enfraquecidos após os atos de barbárie contra os Três Poderes. A leitura é a mesma de aliados de Marinho. O candidato, por sua vez, não abandonou a campanha e, mesmo após radicais bolsonaristas terem atacado o Senado, segue pregando aos colegas de Parlamento que é preciso se contrapor ao que considera ser excessos do Judiciário, dando como exemplo mais recente o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do cargo. Pau que dá em Chico também dará em Francisco, tem enfatizado.
Antes do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, Valdemar Costa Neto tinha fixado para o dia 15 deste mês uma reavaliação de cenário. Apesar do quadro adverso, o presidente do PL, segundo relatos, segue defendendo que até a eleição há tempo para contornar os efeitos negativos sobre Marinho.
Pacheco tem a expectativa de um acordo para que Marinho desista. Em troca, o PL ficaria com a 4ª secretaria da Casa, ocupada por Romário (RJ). O grupo do atual presidente do Senado não crê que o PL tenha força sozinho para pleitear o comando da CCJ.