Seriam mais de seis mil pessoas o número de bolsonaristas acampados em frente a quartéis e guarnições militares espalhados em dezenas de cidades brasileiras. A estimativa é desta última quinta-feira (5) segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, e estava sendo compartilhada pelos ministérios da Justiça, Defesa e pelo Palácio do Planalto.
A cúpula do PT e Flávio Dino têm feito forte pressão junto a Lula para que esses militantes sejam retirados já. O ministro José Múcio tem tentado convencer o presidente que esse grupo golpista dia a dia diminui — e, portanto, esse movimento acabará em muito breve.
Aliás, dez dias atrás, antes da posse do Lula, Dino foi peremptório. Ele cravou numa entrevista que os acampamentos iriam acabar em 1° de janeiro, o dia da posse do Lula. Neste sentido, sua promessa virou farinha, foi contraditada.
A frase de Dino na ocasião foi a seguinte:
— Temos situação ilegal e esperamos que ao longo da semana as autoridades constituídas tomem as providencias legais. A partir do dia 1º de janeiro a nova equipe governamental o fará.
Lula até agora tem aceito as ponderações de Múcio (que são a dos comandantes militares também).
Mas o tema ainda é motivo de grande discórdia dentro do governo. E Lula tem cobrado uma resolução rápida.