Debate sobre votação secreta gera tumulto em sessão para eleger presidente do Senado
Sob protestos do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e de aliados com gritos de “usurpação”, o pré-candidato ao Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) decidiu abrir na noite desta sexta-feira uma votação no plenário da Casa sobre se a eleição para presidente do Senado será aberta ou fechada.
Renan e aliados questionam o fato de Alcolumbre decidir sobre as regras para a votação e ao mesmo tempo ser pré-candidato. Alcolumbre alega ter amparo regimental para presidir o processo de votação por ser o único senador remanescente e habilitado da Mesa Diretora passada. Ele é o terceiro suplente da Mesa anterior.
Sentado na primeira fila, Renan –que é pré-candidato a presidir o Senado– reclamou duramente do fato de Alcolumbre presidir a sessão.
“Vossa Excelência não tem legitimidade para presidir os trabalhos desta sessão”, reclamou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a quem disse querer “preservar” a biografia de Alcolumbre.
O líder do MDB no Senado, José Maranhão (PB), questionou se o senador do DEM é ou não candidato à presidência.
“Vossa Excelência não pode achar que vai impor a sua vontade em relação aos outros”, disse o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM). “Quero saber se Vossa Excelência é ou não é candidato, está invertendo a ordem dessa sessão preparatória.”
“Vossa Excelência não coloque palavras na minha boca”, rebateu Alcolumbre.
Da tribuna, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que disse que vai votar no colega Coronel Ângelo (PSD-BA), afirmou que essa questão vai ser judicializada e cobrou que Alcolumbre deixe de presidir a sessão.