Cotado para assumir o Ministério da Agricultura, o senador Carlos Fávaro tem encontrado dificuldades de acordo com a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, para resolver o impasse político com a sua suplente, a bolsonarista Margareth Buzetti.
Margareth não deu nenhuma sinalização concreta que integrará a base do governo Lula caso Fávaro seja nomeado como ministro. Causa incômodo no PT o fato de Margareth não ter deletado as postagens em redes sociais em que declara voto em Bolsonaro. Ela participou de diversos atos a favor da reeleição do presidente no Mato Grosso.
Por uma questão política, Margareth deixou o PP e filiou-se ao PSD na última semana. A migração ocorreu para a sigla não perder o mandato no Senado com a nomeação de Fávaro. A suplente, contudo, não fez menção alguma à troca de partido em suas redes sociais.
Fávaro tentou costurar um acordo que conduziria Margareth a um cargo no governo estadual do Mato Grosso, o que levaria o segundo suplente, José Lacerda, a assumir o mandato no Senado. Lacerda é visto como um nome alinhado ideologicamente ao senador e também filiou-se ao PSD.
A iniciativa de Fávaro não foi bem aceita por Margareth e nem pelo governador mato-grossense, Mauro Mendes. No Facebook, ela disse que não conversou com Mendes sobre o assunto e que “qualquer informação dessa natureza não passa de especulação de terceiros”.
A coluna tentou contato com Margareth para tratar do assunto, mas ela não retornou as ligações.
Fávaro é um dos indicados pelo PSD para compor a Esplanada dos Ministérios no governo Lula. O anúncio dos nomes dos últimos 16 ministros deve ser feito pelo presidente eleito na quinta-feira (29/12).