A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta última quarta-feira (28), uma mulher envolvida na tentativa de invasão à sede da Polícia Federal (PF) e na na depredação da 5ª DP durante os ataques bolsonaristas no centro de Brasília, no último dia 12.
Segundo a coluna na Mira, do Metrópoles, Klio Hirano é do interior de São Paulo e ostenta, nas redes sociais, uma série de publicações, vídeos e fotos, no acampamento em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Ela publica sempre imagens de encontros com outros autodenominados “patriotas”. Na foto de perfil, ela exibe uma foto ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). As informações são de Matheus Garzon, Carlos Carone e Mirelle Pinheiro.
Filha de Eizi Hirano, fotógrafo conhecido no Brasil, ela participou do acampamento que durou seis meses na Avenida Paulista, em São Paulo, e pedia o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). É uma das embaixadoras do movimento conservador Avança Brasil.
Em 2020, Hirano concorreu ao cargo de prefeita na cidade de Tupã, no interior de São Paulo, e terminou a disputa em último lugar com apenas 364 votos.
A bolsonarista está acampada em Brasília desde meados de novembro e, na noite do último dia 12, estava entre os bolsonaristas que tentaram invadir a sede da PF, na área central de Brasília.
A depredação
Com integrantes vestidos com camiseta da Seleção Brasileira, o grupo danificou dezenas de carros que estavam estacionados nos arredores do prédio da corporação. Alguns, inclusive, chegaram a ser incendiados.
Um ônibus com motorista dentro foi incendiado. Por sorte, ele conseguiu descer antes de o veículo ser totalmente consumido pelo fogo. Pelo menos cinco ônibus se tornaram alvo das chamas. O Corpo de Bombeiros Militar do DF confirmou que sete veículos queimaram (quatro ônibus, totalmente, e um, parcialmente).
Alguns bolsonaristas justificaram o ato alegando que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”. O alvo em questão era o Cacique Tserere, um líder de um grupo indígena Xavante apoiador de Bolsonaro. Bastante conhecido entre os manifestantes antidemocráticos que estão há quase dois meses em frente ao QG do Exército pedindo intervenção militar, ele faz os discursos mais inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.