O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta última quinta-feira (22), ao fim da terceira revisão do programa de ajuda vigente, o envio de US$ 6 bilhões para a Argentina.
Essa nova parcela, validada pelo conselho de administração do fundo, eleva para US$ 23,5 bilhões o montante já desembolsado para o país sul-americano desde a assinatura do programa de ajuda, em março.
No total, o programa, de 30 meses, deve totalizar US$ 44 bilhões, de longe o programa de ajuda mais importante colocado em prática pelo órgão internacional.
O fundo se declarou satisfeito com a política econômica que o governo argentino implementou em julho, destacando a queda da inflação e a melhora da balança comercial e das reservas em divisas. “No entanto, os desequilíbrios macroeconómicos a serem corrigidos permanecem, e as condições continuam frágeis”, assinalou Gita Gopinath, vice-diretora-gerente do fundo.
O acordo com o FMI, assinado em março, prevê uma série de medidas destinadas a controlar a inflação crônica na Argentina, que chegou a 85,3% em 2022, apesar da desaceleração notória observada em novembro.
Esse é o 13º acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno da democracia àquele país, em 1983.