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terça-feira 13 de dezembro de 2022 às 07:40h

A 20 dias da posse de Lula, clima de guerra acende alerta em Brasília

NOTÍCIAS, POLÍTICA


As ruas do centro de Brasília se transformaram em um cenário de guerra, com carros e ônibus incendiados, explosões, tiros, bombas e um rastro de destruição por onde passaram manifestantes bolsonaristas na noite de ontem.

Os protestos ocorreram no mesmo dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral e começaram após a prisão do cacique bolsonarista José Acácio Tserere Xavante.

Conforme matéria do portal Metrópoles, essas manifestações violentas acendem um alerta a 20 dias da cerimônia de posse do petista, marcada para 1º de janeiro.

A confusão começou quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, após a prisão do indígena, determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Tserere Xavante é suspeito de incitar protestos contra o resultado da eleição em diversos locais da capital federal, como no Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, nos shoppings e no hotel onde Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), estão hospedados.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reforçou, inclusive, a segurança do local, que fica a poucos metros da sede da PF.

A tensão fez o futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino (PSB), convocar uma coletiva de imprensa para garantir que o presidente eleito está em “absoluta segurança” e tomará posse em 1° de janeiro de 2023.

Após eclodir o protesto violento de bolsonaristas, as redes sociais foram tomadas por rumores de que Lula seria retirado do hotel em que está hospedado em Brasília – informação negada pela equipe do petista.

Na noite de segunda-feira, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), prometeu reforçar a segurança e prender vândalos.

Apesar da explosão do confronto nessa segunda-feira, o movimento de simpatizantes do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), vem ganhando força desde o segundo turno das eleições.

Bolsonaristas fecharam rodovias pelo país contra o resultado das urnas e, posteriormente, passaram a acampar próximos a quartéis generais para pedir intervenção militar.

Em Brasília, manifestantes estão há mais de um mês em barracas montadas em frente ao Quartel General do Exército para pedir intervenção das Forças Armadas frente ao resultado das eleições.

Os mais extremistas têm defendido até o assassinato do presidente eleito, frequentemente repetindo a frase: “Ladrão não vai subir a rampa”.

Um site do governo do Ceará sofreu um ataque hacker, onde foram veiculadas mensagens de tom golpista, pedidos de intervenção militar e pedidos de “morte” de Lula.

Há ainda temor de atos violentos no evento de posse do presidente eleito. Organizadores da cerimônia de posse de Lula (PT) na Presidência da República estimam que entre 100 mil e 150 mil pessoas devem ir a Brasília para o evento.

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