O deputado Helder Salomão, do PT do Espírito Santo, destinou R$ 1,3 milhão em emendas do orçamento secreto. Contrário à prática, ele afirmou em entrevista ao colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, que assinou os repasses de verba sem saber qual era a origem do dinheiro.
Salomão enviou quatro emendas do orçamento secreto para o Fundo Nacional de Saúde. Foram R$ 500 mil para o Hospital Evangélico de Vila Velha, R$ 400 mil para o Hospital Rio Doce de Linhares, R$ 200 mil para a Prefeitura de Marilândia e R$ 200 mil para a Prefeitura de Divino São Lourenço.
O petista atribuiu a culpa à senadora Rose de Freitas, do MDB do Espírito Santo. Salomão afirmou que Rose, então presidente da Comissão Mista de Orçamento, fez uma reunião com a bancada do estado para solicitar que cada parlamentar indicasse R$ 3 milhões em emendas.
O encontro ocorreu em abril deste ano, segundo o deputado. Ele disse que a senadora não mencionou em nenhum momento que os recursos sairiam do orçamento secreto.
Salomão afirmou ainda, conforme o colunista, que pediu o cancelamento das emendas de relator, mas que os quatro repasses não puderam ser revertidos porque estavam cadastrados na plataforma do Fundo Nacional de Saúde.
Em outubro, após o primeiro turno da eleição, Salomão escreveu no Twitter que o orçamento secreto era igual a “Bolsonaro tirando dinheiro da saúde e da educação para comprar votos para sua reeleição”. O petista disse à coluna que continua defendendo o fim das emendas de relator.